terça-feira, maio 12, 2009

Heróis do Cinema e da Literatura


     Por Thiago Benitez 

     Definitivamente os super-heróis das histórias em quadrinhos escolheram o ano de 2008 para invadir os cinemas. O homem morcego voltou arrepiando no filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, um dos maiores recordes de bilheteria. Tony Stark surpreendeu interpretando O Homem de Ferro com sua sensacional armadura. Como em todos os outros filmes do super-herói verde, O Incrível Hulk foi um fracasso mundial, ao contrário de Hellboy II, que faturou 100 milhões de dólares. Hancock e Jumper foram outros dois filmes bem redondos que não deixaram a desejar devido aos sensacionais efeitos especiais. Esses super-heróis vieram e deixaram suas marcas na história dos quadrinhos e do cinema; muitos outros virão e também farão o mesmo.

     Na literatura acontece algo semelhante: alguns heróis surgem, fazem sucesso e depois desaparecem. No entanto, outros permanecem estáveis por muitos anos, como os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas e Dom Quixote de Cervantes, que se eternizou pela incomparável bravura. Isso para não falar dos heróis de Shakespeare, Virgílio, Homero, entre outros. Mário de Andrade também contribuiu, construindo seu herói sem nenhum caráter: Macunaíma. Quantos heróis a literatura não construiu e quantos outros não virão?

     Atualmente, prestigiamos uma ideologia diferente de herói. Se antes eram Hércules, Aquiles e Ulisses, hoje são Shrek (um anti-herói como Macunaíma), Homem-aranha, Super-homem e infinitos salvadores (ou destruidores) do planeta. Dizer que isso é ruim seria uma incoerência, já que a definição de super-heróis de antigamente não se diferencia muito da de hoje: “Matar o bandido e salvar a mocinha”. Assim como Ulisses um dia quis salvar Helena dos Troianos (por mais que esta não tenha sido sequestrada, mas sim fugido com os gregos por livre e espontânea vontade), Peter Parker e Clark Kent também buscam salvar suas amadas.

     Segundo Umberto Eco, “enquanto um livro requer uma leitura cúmplice e responsável, uma colaboração interpretativa, o filme ou a televisão mostram-nos as coisas prontas”. No entanto, quem não tem a capacidade de ver um filme e transportá-lo para o mundo real, não consegue ver nada de interessante nas telas dos cinemas. Às vezes, existem “vazios” no filme, que o espectador precisa preencher caso queira dar sentido à história. Criatividade é necessária onde e quando for tanto na leitura de um livro quanto na apreciação de um filme. É possível criar sempre, mesmo que alguns tentem nos impedir. Criemos!

(Este artigo foi publicado pelo Thiago, na quinta edição do "Quixote", Fanzine do Grupo Gauche de Literatura.)

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27 comentários:

Anônimo disse...

Monique-Bahia-Brasil

Amo qaudrinhos! Tenho odiado todos os filmes.

Marcus Alencar disse...

Também amo quadrinhos e adorei toda a forma como você conduziu seu texto com criatividade e informações. Só gostaria de acrescentar, se me permite, algumas observações como as de que o modelo tipico e comum do herói tradicional tem mudado nas HQs, o ponto inicial pode-se dizer foram as criações de Alan Moore e Frank Miller para o gênero que, por sua vez, tiveram adaptações recentemente. ``Watchmen``, de Moore, é a prova disso pois mostra heróis ou seres com poderes totalmente foras dos padrões e do que pensavamos deles.
Nossa, isso é pano para manga para mais comentários, quem sabe, volto, rs.
Sou de São Paulo, Brasil.
Abraços

Anônimo disse...

• Adorei o Blogger de você Tchê . Hehê . Bastante interessante . Nun curto muito Literatura . Neen leitura . Mas admiro bastante Quen Goste . Agora história en Quadrinhos senprê gosteei . Hancock perfeiitô o filmê .
Parabééns pelô Blogger e tô sendo seguidorês de vocês ;)

Anônimo disse...

Muito bom o blog.
Achei interessante o texto; os filmes deixam muito à desejar quando aos livros, que por liás, são muito mais interessantes...

L. disse...

Tá muito bom o blog, prometo passar sempre, ah entre no meu, são minhas poesias, sou iniciante ainda mas pretendo melhorar, parabéns =)
Larissa

Unknown disse...

muito bom seu blog, gostei dos posts

Unknown disse...

pra voce ver... eu achei o Joker um herói... não um herói da hipocrisia mas sim um herói do filme... pq ele salvou o filme.
rsrss

http://www.excelentee.blogspot.com/

Administrador disse...

Parabéns pelo blog e pelo post. Sem dúvidas retrata a importancia de incentivarmos a criatividade. Abraços!

Rubens disse...

Olha eu curto muito ler, leio d tudo desde os mais vendidos até os que vendem pouco, mas quando alguns clássicos literários vão para as telas não são muiot bem feito, ou não agrada muito a quem leu o livro.

BLOGdoRUBINHO | Destaques de hoje
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|> http://migre.me/17Zm

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

Acho bacana isso de literatura inspirando o cinema - e o oposto. Ainda que eu fique sempre muito tensa quando um dos meus livros vai pras telenas e mesmo que eu saia do cinema dizendo 'o livro é bem melhor'. O Eco tem total razão, a necessecidade que você tem ao ler de criar, de imaginar é tão bacana, tão mais importante do que receber prontas todas as vozes, as cores. Enfim, bacana o blog. Amei o layout :)

Rogerio Lima disse...

Muito legal o texto, confesso que não sou muito de ler, mas a idéia que vc quis passar nesse texto foi surpreendente, temos sim que colocar nossa criatividade em pratica!!!

Sou de Olinda- PE

Cesar Higashijima disse...

Muito bacana seu blog! Esse post é bem interessante.
Como as coisas mudam, né? Na Tv, agora temos as gerações de heróis diferentes, tipo os de Heroes, alguns chegando a ser até anti-heróis. Na literatura, faz tempo que não vejo um herói virar mito, como os Três Mosqueteiros, por exemplo.

Anônimo disse...

O ser humano precisa de heróis. Seja nos quadrinhos, no cinema, na literatura ou na vida real.

Na ficção é legal conhecer e imaginar os poderes e fraquezas dos heróis e principalmente quando eles são parecidos com a gente.

Rogerio Martins -
http://palestranterogeriomartins.blogspot.com/

Me.Veloso! disse...

é legal poder imaginar ou ler a historia de um supere heroi. ainda mais qndo vc se identifica com ele.

http://tudojuntoemisturadonoliquidificador.blogspot.com/

Posso virar seguidor?

Anônimo disse...

nem da para comparar o sucesso dos filmes com os livros, principalmente pelo marketing que involve o cinema hoje.

James Almeida disse...

Quando poderemos ver um filme e sentir a mesma emoção/viagem de ter lido um livro? *-*

Belo blog.
Abraço!

Estêvão dos Anjos disse...

Muito bom artigo. É para isso que existe a crítica, os diretores não tem a obrigação de jogar tudo mastigado para a plateia, é necessário faze-la pensar.

Anônimo disse...

Shrek é a prova de que o amor não tem beleza, o que importa é o sentimento e a verdade.
hoje em dia o conceito de herois deu uma bela repaginada...exemplos como susan boyle, oprah winfrey, mãe do cazuza, e muitas outras pessoas que fazem uma diferença significativa no mundo, acabam se tornando herois de um cotidiano e tomando o mundo.

Ricardo Thadeu (Gago) disse...

O Nada criativo presente nos filmes baseados em quadrinhos é resultado da falta de criatividade dos roteiristas do início do século. Nada é novo. Nada. Só as nossas interpretações, o nosso preenchimento de "vazios".

Muito bom.
¡adiós!

Anônimo disse...

Nossa, escreveu muito bem, sem esquecermos o novo tbm Hancock...
Fico feliz sempre que novas historias de quadrinhos e herois são criados..Sinal que o mundo da criativdade não parou, eu sinto tristeza, quando são lançados herois e historias de quadrinhos sem conteudos e sem nexos alguns...Simplesmente pelo fato de tentarem chegar ao sucesso.
Adorei como escreve vou virar seguidor...

ahh gostei do layout!
si der acessa:
http://aceiteourecuse.blogspot.com/

Aflaudisio Dantas disse...

excelente intertextualidade entre os herois das telonas e os literários muito bom
se puder
http://aflaudisiodantas.blogspot.com/

Rosangela A. Santos disse...

Adoro o blog e o trablaho de vcs .. eu tb adoro ler .. faz com a mente viaje e aprenda coisas não vividas ..

parabéns!!

abç.

Unknown disse...

Ao ler um livro, fazemos a nossa leitura, ao ver o filme podemos comparar essa nossa leitura com a leitura do autor do filme. Quando nao lemos o livro, depois que assistimos o filme queremos lê-lo. Essa troca, para mim, torna essa criaçao muito interessante.
Abraços a todos, gostei mto do texto.
Suzana Biesdorf

Anônimo disse...

adoro ler, assistir à filmes, novelas etc.,mas, batman....sem codições...

Marton Olympio disse...

Como cinéfilo e cineasta duas perguntas:
Qual HULK foi fracasso de bilheteria? O último não foi.
E Hankok é um filme ruim de doerrrrr, e esta colaborando, junto com o último sevem pounds, a afundar a carreira do pobre Will.

abs!

http://martonolympio.blogspot.com/

Diego Janjão disse...

Quadrinhos é comigo mesmo!

sooooooooou fã do homem-aranha e dos mais diversos super-herois...

e espero viver para ver um filme em pessoas reais de wolverine e o homem-aranha juntos...

Thiago Benitez disse...

Obrigado por darem suas opiniões!!
São muito importantes pra gente!!!
Continuem nos visitando!!!!!!!

Valew!!!!!!!11

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