Quem Ama Cuida... Protege

Por Priscila Yamany

É certo que a situação em nosso país não é a das mais agradáveis, que o governo não é bem do jeito que queremos, que a justiça tarda e geralmente falha, mas... E você? O que faz para colaborar e melhorar toda essa situação?

Não estou falando de revoluções, greves e manifestações... Estou falando de muito mais que isso... Estou falando do amor ao nosso país, da valorização da nossa terra, do patriotismo que deveria existir. Neste mês de novembro, comemoramos a Proclamação da República. O que essa data significa para nós? Nada mais além do que um simples feriado que, para o nosso azar, caiu num sábado... Ao assistir à TV durante esse dia, fiquei esperando ver algum tipo de menção à data, mas nada vi... Pensei que veria reportagens sobre a história desse dia, mas nada vi... Aliás, vi algo sim, vi uma matéria em certo jornal, pesquisando sobre o Hino da República... Eu e muitos dos entrevistados não soubemos dizer que Hino é este. Lembrávamos somente do Hino da Independência... Então pesquisei no Google e vejam o refrão que encontrei: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz!”

A mensagem ou o significado deste refrão não me cabe discutir aqui, muito menos se ele condiz com a nossa realidade. O que quero dizer é que, talvez, se valorizássemos nosso país, suas riquezas e suas pessoas, teríamos o poder da palavra quando as leis não fossem cumpridas. Se o amássemos com o devido amor que este país merece, as coisas melhorariam, afinal, quem ama cuida e protege... Assim, aqueles que infringissem a lei não pensariam que ninguém se importa que o povo esquece e que não seremos punidos. Se nos importássemos com o nosso país, se ouvíssemos a voz das lutas na tempestade e de fato o amássemos desta maneira, com calma e relutância, as coisas começariam a andar no ritmo que deveriam. Nossos feriados não seriam vistos apenas como um dia de descanso, mas uma data a ser realmente comemorada. Nossa pátria seria a Pátria Amada Brasil e teria, enfim, a liberdade que tanto clamamos. 

(Esta crônica foi publicada pela Priscila, na terceira edição do "Quixote", Fanzine do Grupo Gauche de Literatura.)

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